segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Fique por dentro : Lei que institui 30 de setembro como feriado municipal

Há exatos 102 anos era instituída, em Mossoró, a Lei n° 30, declarando feriado municipal o dia 30 de setembro, dia em que se comemora na cidade a libertação dos escravos, cinco anos antes da Lei Áurea, considerada a data magna do município.
Para o historiador Geraldo Maia, a instituição da lei que estabelece o 30 de setembro como feriado na cidade demonstra a importância que o povo mossoroense nutre pelo feito que culminou com a abolição da escravatura em 1883.
"A data é tão importante que se sobrepõe, em nível de comemoração, à emancipação política de Mossoró. O feriado enfatiza isso, demonstrando o quanto o povo mossoroense celebra essa conquista", diz.

História da abolição surgiu a partir de uma homenagem ao casal Romualdo Lopes Galvão

A história da abolição da escravatura em Mossoró começou a ser contada a partir de uma homenagem prestada na Loja Maçônica 24 de Junho ao casal Romualdo Lopes Galvão, líder da política e do comércio na época. Na ocasião, a ideia de fundar uma sociedade com o objetivo de abolir a escravidão foi difundida pelo Venerável Frederico Antônio de Carvalho, e no dia 6 de janeiro de 1883, era instalada na Câmara Municipal, que funcionava no edifício da Cadeia Pública, hoje Museu Lauro da Escóssia, a Sociedade Libertadora Mossoroense.
A Sociedade estabeleceu uma meta para alcançar seu objetivo de libertar todos os escravos que viviam em Mossoró, estabelecendo o 30 de setembro como data-limite para que os 86 escravos que existiam na cidade fossem livres. E o objetivo foi alcançado. Já no dia 10 de junho, em sessão especial realizada na Loja Maçônica 24 de Junho, 40 escravos foram alforriados.
No dia 29 de setembro, o presidente da entidade fundada com o objetivo de abolir a escravatura em Mossoró, Joaquim Bezerra da Costa Mendes,encaminha à Câmara Municipal ofício informando que a proclamação solene de Liberdade em Mossoró ocorreria no dia seguinte, ao meio-dia, e assim aconteceu.
Após a libertação, Mossoró passou a receber uma quantidade significativa de escravos que fugiam de outros municípios, sendo que, conforme Geraldo Maia, os escravos libertos continuaram vivendo nas fazendas da cidade, não mais como cativos, e sim como funcionários, remunerados.

Fonte: O Mossoroense 

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